AURORA: Um pouco mais da sua bela história em seus 135 anos de emancipação cívico-política
Criado pela Lei 2.047 de 10 de novembro de 1883 o município de Aurora é por isso mesmo detentor de um dos mais ricos e significativos passados históricos da região Sul caririense, de onde se destacam os trágicos acontecimentos ocorridos entre dezembro de 1908 e meados de 1909, quando a então Vila de Aurora (antiga Venda) foi invadida e saqueada por jagunços/bandoleiros a mando de potentados do Cariri.
Aurora é ainda a terra natal de figuras notáveis e emblemáticas, a exemplo da célebre Marica Macedo, o cel. Isaías Arruda, o poeta Serra Azul, o pintor Aldemir Martins, o cantor Alcymar Monteiro, o literato Hermenegildo de Sá Cavalcante, o escultor Nego Simplício, o padre Fco. França e a própria Dona Aurora antiga proprietária de uma taberna às margens do rio de cujo topônimo se tornou possível trocar-se o nome primitivo.
O município possui cerca de pouco mais de 30 km do seu território cortado e banhado pelas "águas doces e férteis" do rio Salgado, que inclusive, divide a cidade/sede quase ao meio no sentido Sul-Norte; indo desaguar no Jaguaribe já nos limites do município de Icó pras banas do açude castanhão.
Cumpre destacar igualmente, que Aurora se notabilizou a partir da década de 20, devido construção e inauguração da sua estação ferroviária; fato ocorrido em 7 de setembro de 1920, sendo, por conseguinte, a 1ª e mais importante estação da região, uma vez que as de Juazeiro, Missão Velha, Crato e Ingazeiras só vieram a ser edificadas anos depois. Por conta disso, Aurora ficou durante muito tempo sendo o entroncamento final do ramal da rede ferroviária cearense (RVC).
Deste modo acolhia todos os viajantes de parte da Paraíba, bem como do baixo Cariri que vinham pernoitar na cidade à espera do trem no sentido de chegar à capital. Durante muito tempo Aurora pôde extrair da terra o seu ouro branco - o algodão, uma antiga atividade agrícola propulsora da economia aurorense que junto à existência do trem marcou significativamente a vida e o comércio do município num passado recente. Foi assim. Era assim.
Hoje Aurora se ressente; tanto da economia algodoeira quase inexpressiva, dentre outros fatores pela praga do bicudo que a dizimou em toda região, quanto ao fim melancólico do seu transporte ferroviário que ainda hoje é motivo de muitas reminiscências e de saudades.
José Cícero -
Texto publicada originalmente na Revista Aurora/2008.
AURORA: Um pouco mais da sua bela história em seus 135 anos de emancipação cívico-política
Criado pela Lei 2.047 de 10 de novembro de 1883 o município de Aurora é por isso mesmo detentor de um dos mais ricos e significativos passados históricos da região Sul caririense, de onde se destacam os trágicos acontecimentos ocorridos entre dezembro de 1908 e meados de 1909, quando a então Vila de Aurora (antiga Venda) foi invadida e saqueada por jagunços/bandoleiros a mando de potentados do Cariri.
Aurora é ainda a terra natal de figuras notáveis e emblemáticas, a exemplo da célebre Marica Macedo, o cel. Isaías Arruda, o poeta Serra Azul, o pintor Aldemir Martins, o cantor Alcymar Monteiro, o literato Hermenegildo de Sá Cavalcante, o escultor Nego Simplício, o padre Fco. França e a própria Dona Aurora antiga proprietária de uma taberna às margens do rio de cujo topônimo se tornou possível trocar-se o nome primitivo.
O município possui cerca de pouco mais de 30 km do seu território cortado e banhado pelas "águas doces e férteis" do rio Salgado, que inclusive, divide a cidade/sede quase ao meio no sentido Sul-Norte; indo desaguar no Jaguaribe já nos limites do município de Icó pras banas do açude castanhão.
Cumpre destacar igualmente, que Aurora se notabilizou a partir da década de 20, devido construção e inauguração da sua estação ferroviária; fato ocorrido em 7 de setembro de 1920, sendo, por conseguinte, a 1ª e mais importante estação da região, uma vez que as de Juazeiro, Missão Velha, Crato e Ingazeiras só vieram a ser edificadas anos depois. Por conta disso, Aurora ficou durante muito tempo sendo o entroncamento final do ramal da rede ferroviária cearense (RVC).
Deste modo acolhia todos os viajantes de parte da Paraíba, bem como do baixo Cariri que vinham pernoitar na cidade à espera do trem no sentido de chegar à capital. Durante muito tempo Aurora pôde extrair da terra o seu ouro branco - o algodão, uma antiga atividade agrícola propulsora da economia aurorense que junto à existência do trem marcou significativamente a vida e o comércio do município num passado recente. Foi assim. Era assim.
Hoje Aurora se ressente; tanto da economia algodoeira quase inexpressiva, dentre outros fatores pela praga do bicudo que a dizimou em toda região, quanto ao fim melancólico do seu transporte ferroviário que ainda hoje é motivo de muitas reminiscências e de saudades.
<> José Cícero -
Texto publicada originalmente na Revista Aurora/2008.