Há uns dois anos atrás pude ver de perto numa participação que fizera na festa junina de Santa Vitória o mais novo e talentoso sanfoneiro de Aurora e do Cariri, JUNINHO DO ACORDEON. Algo que me deixou simplesmente maravilhado.
E, neste último sábado, dia 4 de maio na festa de aniversário daquele distrito tive a felicidade de mais uma vez revê-lo sobre o palco fazendo o que gosta, isto é, empulhando junto ao peito juvenil mas com a coragem dos grandes, a sua sanfona. Fez bonito. Aquilo que poderia ter sido apenas uma participação especial se transformara de vez numa especial apresentação de peso. Vez que Juninho segurou o show com maestria, até que a outra atração assumisse o batente.
E o melhor: constatei que o mesmo evoluiu em todos os sentidos, sobremaneira nos aspectos artísticos em especial na técnica com que manuseia o seu instrumento sonoro. Como ainda, igualmente, na voz, no gingado e na beleza da escolha do seu repertório. Um verdadeiro desfile dos grandes clássicos que marcaram para sempre a história do forró de qualidade.
O menino do riacho do Bordão do Velho, é indubitavelmente, uma grande promessa ao chamado forró verdadeiro e de raiz. Sobretudo agora em que o autêntico forró de Luiz Gonzaga e tantos outros, estar a correr sério perigo diante da atual avalanche de distorções e descompromissos de muitos (incluindo a mídia) com a outrora boa música do Nordeste ante a invenção do descartável.
Por isso, (para os que acreditam) tenho certeza de que no campo da espiritualidade, onde quer que eles estejam: Gonzagão, Dominguinhos, Sivuca, Lidu, Marinês, Noca do Acordeon dentre outros monstros sagrados que fizeram história no forró sertanejo hão de estar felizes e intercedendo junto aos deuses da arte da criação para este novel tocador nativo do fértil e bucólico riacho do Bordão de Velho possa progredir em defesa do verdadeiro forró nordestino. Porque sempre foi assim.
A arte como uma das ferramentas de Deus, de quando em vez sempre nos pega de surpresa com o surgimento de grandes prodígios como forma de fortalecer, reerguer e garantir a continuidade da arte do belo à cultura humana.
Juninho do Acordeon, portanto, ao meu juízo, é um destes e assim há também de ser verdadeiramente uma semente caída em solo fértil. Razão de que todos nós, de uma forma ou de outra, temos a necessária obrigação de regá-la.
Grato por tudo isso, aqui mais uma vez o desejo longevidade, sucesso e perseverança em sua carreira musical que está por enquanto, apenas começando. Parabéns!
Por José Cícero
Aurora -CE
Há uns dois anos atrás pude ver de perto numa participação que fizera na festa junina de Santa Vitória o mais novo e talentoso sanfoneiro de Aurora e do Cariri, JUNINHO DO ACORDEON. Algo que me deixou simplesmente maravilhado.
E, neste último sábado, dia 4 de maio na festa de aniversário daquele distrito tive a felicidade de mais uma vez revê-lo sobre o palco fazendo o que gosta, isto é, empulhando junto ao peito juvenil mas com a coragem dos grandes, a sua sanfona. Fez bonito. Aquilo que poderia ter sido apenas uma participação especial se transformara de vez numa especial apresentação de peso. Vez que Juninho segurou o show com maestria, até que a outra atração assumisse o batente.
E o melhor: constatei que o mesmo evoluiu em todos os sentidos, sobremaneira nos aspectos artísticos em especial na técnica com que manuseia o seu instrumento sonoro. Como ainda, igualmente, na voz, no gingado e na beleza da escolha do seu repertório. Um verdadeiro desfile dos grandes clássicos que marcaram para sempre a história do forró de qualidade.
O menino do riacho do Bordão do Velho, é indubitavelmente, uma grande promessa ao chamado forró verdadeiro e de raiz. Sobretudo agora em que o autêntico forró de Luiz Gonzaga e tantos outros, estar a correr sério perigo diante da atual avalanche de distorções e descompromissos de muitos (incluindo a mídia) com a outrora boa música do Nordeste ante a invenção do descartável.
Por isso, (para os que acreditam) tenho certeza de que no campo da espiritualidade, onde quer que eles estejam: Gonzagão, Dominguinhos, Sivuca, Lidu, Marinês, Noca do Acordeon dentre outros monstros sagrados que fizeram história no forró sertanejo hão de estar felizes e intercedendo junto aos deuses da arte da criação para este novel tocador nativo do fértil e bucólico riacho do Bordão de Velho possa progredir em defesa do verdadeiro forró nordestino. Porque sempre foi assim.
A arte como uma das ferramentas de Deus, de quando em vez sempre nos pega de surpresa com o surgimento de grandes prodígios como forma de fortalecer, reerguer e garantir a continuidade da arte do belo à cultura humana.
Juninho do Acordeon, portanto, ao meu juízo, é um destes e assim há também de ser verdadeiramente uma semente caída em solo fértil. Razão de que todos nós, de uma forma ou de outra, temos a necessária obrigação de regá-la.
Grato por tudo isso, aqui mais uma vez o desejo longevidade, sucesso e perseverança em sua carreira musical que está por enquanto, apenas começando. Parabéns!
Por José Cícero
Aurora -CE