Sem medo de cometer qualquer exagero e sem nenhum sinal de elogio barato, diria que, como entusiasta do belo e do fazer artístico quero dizer da minha mais completa admiração pelo talento inigualável do amigo Kalystênio. Jovem escultor de Aurora, ao meu juízo, um dos mais completos, senão o mais detalhista e sofisticados escultor do Cariri e do Nordeste como um todo. O perfil imagético das suas peças mantem muita similaridade com o do Janjão, por sinal outro filho da terra, que mora no além fronteira.
Há anos que venho acompanhando de perto e atentamente o seu trabalho. Seu processo de evolução e produção. Verdadeiro ofício de dá vida, movimento e emoção às coisas do inanimado. Sua obra, portanto, tem a um só tempo, grandeza e simplicidade, aliada pela técnica apurada perante o dom singular do mais puro encantamento, diante da leveza profunda e tocante do seu estilo. Coisa que só através da produção artística alguém poderá expressar no seu devido grau a metafísica da arte em todo o mistério que encerra em si mesma.
De modo que, as esculturas de Kalystênio é uma provocação grandiloquente da estética diante da mesmice do mundo. Por isso, sua obra de tão superlativa tanto nos traços quanto na forma, tem a força sensorial de atiçar curiosidades e deslumbramentos.
Tal qual um autêntico escriba do cotidiano, Kalystênio externa na sua obra ante a imburana e o Camaru a identidade subjetiva de toda gente às vezes esquecidas, dando forma e dando vida a tantas obras como que saídas diretamente de uma dura e sentida realidade sertaneja.
Não obstante às minúcias, diria por fim que, olhar atentamente a sua obra é quase como folhear sobre o silêncio do mundo, as impressões escritas de um Graciliano, José Lins do Rego e Rachel.
Muito mais do que apenas emoção, as peças de Kalystênio possuem em última análise, a capacidade imorredoura de nos tocar a alma e o espírito por meio da arte. Quiçá como manifestação intrínseca e psicológica da inteligência corporificada na vontade incontrolável de mudar as coisas como intervenção humana sobre a própria vida.
Direi por fim, que Kalystênio com o seu cinzel, é um poeta da madeira a construir seus versos sob a paciência da beleza ante a disciplina do olhar.
Por José Cícero - Prof. Poeta, escritor e pesquisador do cangaço
Secretário de Cultura de Aurora - CE
Sem medo de cometer qualquer exagero e sem nenhum sinal de elogio barato, diria que, como entusiasta do belo e do fazer artístico quero dizer da minha mais completa admiração pelo talento inigualável do amigo Kalystênio. Jovem escultor de Aurora, ao meu juízo, um dos mais completos, senão o mais detalhista e sofisticados escultor do Cariri e do Nordeste como um todo. O perfil imagético das suas peças mantem muita similaridade com o do Janjão, por sinal outro filho da terra, que mora no além fronteira.
Há anos que venho acompanhando de perto e atentamente o seu trabalho. Seu processo de evolução e produção. Verdadeiro ofício de dá vida, movimento e emoção às coisas do inanimado. Sua obra, portanto, tem a um só tempo, grandeza e simplicidade, aliada pela técnica apurada perante o dom singular do mais puro encantamento, diante da leveza profunda e tocante do seu estilo. Coisa que só através da produção artística alguém poderá expressar no seu devido grau a metafísica da arte em todo o mistério que encerra em si mesma.
De modo que, as esculturas de Kalystênio é uma provocação grandiloquente da estética diante da mesmice do mundo. Por isso, sua obra de tão superlativa tanto nos traços quanto na forma, tem a força sensorial de atiçar curiosidades e deslumbramentos.
Tal qual um autêntico escriba do cotidiano, Kalystênio externa na sua obra ante a imburana e o Camaru a identidade subjetiva de toda gente às vezes esquecidas, dando forma e dando vida a tantas obras como que saídas diretamente de uma dura e sentida realidade sertaneja.
Não obstante às minúcias, diria por fim que, olhar atentamente a sua obra é quase como folhear sobre o silêncio do mundo, as impressões escritas de um Graciliano, José Lins do Rego e Rachel.
Muito mais do que apenas emoção, as peças de Kalystênio possuem em última análise, a capacidade imorredoura de nos tocar a alma e o espírito por meio da arte. Quiçá como manifestação intrínseca e psicológica da inteligência corporificada na vontade incontrolável de mudar as coisas como intervenção humana sobre a própria vida.
Direi por fim, que Kalystênio com o seu cinzel, é um poeta da madeira a construir seus versos sob a paciência da beleza ante a disciplina do olhar.
Por José Cícero - Prof. Poeta, escritor e pesquisador do cangaço
Secretário de Cultura de Aurora - CE